Apresentamos, nesta semana, indicação à Administração Municipal, solicitando que determine à Secretaria de Infraestrutura para que, em conjunto com a FUNDEMA, cheguem a um consenso quanto ao aproveitamento do espaço junto à Praça Ulipe Domenico Dalmas em que esteve construído uma estrutura de “deck” de madeira, com cerca e alambrado que permitiam um agradável local para o lazer da população, cada vez mais integrando o Rio do Peixe à paisagem e aos hábitos da cidade.
Consideramos ser urgente que alguma providência seja tomada, seja reconstruindo o local em madeira, nos mesmos moldes que o anterior, seja fechando definitivamente o muro que dá acesso ao rio, objetivando segurança aos moradores e usuários daquela importante via, especialmente as crianças.
Sabemos que a necessidade de remoção da estrutura de madeira existente era inquestionável na época em que foi realizada, pois a falta de manutenção tinha ocasionado danos irreversíveis à estrutura e este fato colocava em risco os usuários daquele espaço. No entanto, a ausência de uma solução definitiva para o problema ocasiona situações perigosas especialmente para crianças que freqüentam a área, sem uma proteção à barranca do rio.
A existência de espaços que integrem e façam com que cada vez mais o Rio do Peixe seja integrado e valorizado em nossa cidade é louvável, entretanto deve-se levar em conta a necessidade de manutenção da estrutura construída. Se a opção for não construir mais a estrutura existente, o fechamento do espaço com pequeno muro de tijolos já oferece proteção suficiente e elimina até alguns fatos “anedóticos” que temos presenciado como a presença de um grande bando de capivaras, animais dóceis, porém silvestres, transitando pelas imediações devido à facilidade de acesso ao rio por aquele ponto. Além da própria característica silvestre destes animais, a capivara é um dos hospedeiros primários do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), o qual transmite a bactéria intracelular Rickettsia rickettsii, agente causador da Febre Maculosa Brasileira. As capivaras hospedeiras, ao serem infectadas por carrapatos vetores, apresentam bacteremia por até três semanas, podendo evoluir ao óbito ou à cura. Durante a bacteremia, as capivaras podem disseminar o agente para outros carrapatos que as estiverem parasitando, causando a amplificação da bactéria no ambiente. Os carrapatos podem se alimentar de qualquer hospedeiro acidental, inclusive o homem, transmitindo assim o agente infeccioso e causando a doença.